Construir uma cultura inclusiva: vamos torná-la viral!

25 Janeiro, 2024

Preparar um ecossistema de diversidade e inclusão nas empresas requer um compromisso firme e a implementação de várias estratégias e práticas.

Para começar deve existir um compromisso elevado por parte da Direção das empresas. O exemplo tem de vir do topo, devem ser os primeiros a desenhar uma estratégia baseada na diversidade e inclusão. Devem mesmo refletir esse sentimento nas suas comunicações, nas políticas internas e na alocação de recursos. Cada um de nós tem barreiras mentais e estereótipos e isso é a maior causa de exclusão. Para preparar uma empresa é necessário derrubar este tipo de barreiras e sensibilizar todos os colaboradores. A promoção da diversidade e inclusão não deve constar apenas na agenda da direção de recursos humanos, mas refletir-se em todos os níveis da organização, começando pela liderança da empresa. É urgente normalizar a diferença!

A diversidade desempenha um papel crucial no reforço da responsabilidade corporativa, amplia a reputação interna e externa e o sentido de pertença à empresa. O employer branding é reforçado quando a empresa é um exemplo de diversidade e inclusão.

Na realidade de hoje a condição sine qua non é espalhar a inclusão. Tornemo-la viral. Primeiro, por uma questão de justiça social: se as empresas não agirem agora, a próxima vaga de pobreza e exclusão terá proporções históricas. E, em segundo, por uma questão de competitividade. Deixar pessoas de fora por razões completamente alheias ao seu valor – como um atestado de deficiência ou uma data de nascimento – é um desperdício de talento. O perfil e a perspetiva das pessoas com deficiência, das mulheres ou desempregados com mais de 55 anos, devem estar presentes no desenvolvimento de todas as empresas. Caso contrário, perderemos diferenciação, diminuindo as relações com os principais stakeholders e seremos menos competitivos.

Promover a diversidade e a conexão com públicos diversos é fundamental não apenas para a expansão dos horizontes das empresas, mas também para a construção de organizações mais inclusivas, inovadoras e socialmente responsáveis. Como líder, a diversidade deve ser mais do que um objetivo; deve ser uma pedra basilar na estratégia.

Ter uma força de trabalho que reflete a diversidade da sociedade é uma demonstração de responsabilidade corporativa. Isso mostra um compromisso com a igualdade de oportunidades e o respeito pela dignidade de todos os colaboradores, independentemente da sua origem.

Relembrando uma declaração da VP de RH da Netflix, Verna Meyers, que reflete bem o conceito: “diversidade é quando te convidam para uma festa, inclusão é quando te convidam para dançar e sentido de pertença é quando ouves a tua música preferida nessa festa”.

Resumindo, acredito que a diversidade e a inclusão são os alicerces de um futuro melhor, mais igualitário e mais harmonioso para todos. Cabe a cada um de nós não apenas reconhecer a importância desses valores, mas também agir ativamente para incorporá-los nas nossas vidas, organizações e sociedades. Quando celebramos e abraçamos as diferenças, estamos a construir um mundo mais rico, onde a verdadeira força reside na nossa capacidade de unir, aprender e prosperar juntos. Não é apenas uma questão de vantagem competitiva ou de cumprir normas sociais; é uma questão de justiça, compaixão e, em última instância, de construir um legado de inclusão que irá ecoar nas gerações vindouras. A diversidade e a inclusão não são apenas palavras – são o caminho para um futuro verdadeiramente brilhante e globalmente unido, onde cada voz é valorizada, cada história é celebrada e cada ser humano é empoderado a alcançar seu potencial máximo. Agora, cabe a nós construir esse futuro, um passo inclusivo de cada vez.

Acredito muito no talento, não em rótulos. Imagino um mundo onde todos têm a oportunidade de fazer parte do futuro do trabalho. Quando dizemos que estamos empenhados em fazer com que o futuro funcione para todos, estamos a falar de todos. Como líderes de pessoas, devemos colocar a nossa experiência e energia para melhorar as hipóteses de todos fazerem parte do mundo do trabalho.

Por: Alexandra Andrade, Country Manager da Adecco Portugal

In LinktoLeaders

 

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