Colocação de refugiados no mercado de trabalho pode trazer vantagens para as empresas

23 Outubro, 2017

Várias pesquisas desenvolvidas recentemente avançam novas evidências que apontam para as diversas vantagens da rápida e saudável integração de refugiados nos locais de trabalho. Além da redução do impacto fiscal e das contribuições sociais, a sua inclusão poderá influenciar o crescimento do PIB a longo prazo, assim como a correção de desequilíbrios existentes na força de trabalho, no mercado onde se encontram.

Alguns dos grandes empregadores europeus, onde se inclui o grupo Adecco, fornecem diversas recomendações que auxiliam na integração de refugiados, dentro das quais se destacam o compromisso de liderança, o investimento em formação, a capacidade de construir uma rede sólida e a flexibilidade e preparação para o aumento da força de trabalho.

Segundo Carla Rebelo, Diretora Geral da Adecco Portugal, “O trabalho sempre foi o principal catalisador da integração social e cultural. Através do trabalho, os refugiados, neste caso concreto, podem ganhar um vencimento e uma forma de sustento no futuro, bem como a oportunidade de contribuir para os sistemas económicos, integrando-se mais facilmente na sociedade. Acelerar a sua integração nos mercados de trabalho é uma vitória para todas as partes.

As maiores barreiras, no que diz respeito à colocação de refugiados em empregos, prende-se com as complexas burocracias, longos períodos de espera antes do trabalho ser legalmente possível, falta de evidência das suas qualificações individuais e competências linguísticas.

A Adecco é o principal fornecedor mundial de soluções de força de trabalho e, neste sentido, “estamos perfeitamente envolvidos com diversos players no mercado para facilitar estes processos, procurando frequentemente incentivar outros líderes na europa a abraçar este compromisso de inclusão”, acrescenta a responsável.

A integração dos refugiados verifica-se um imperativo social e económico para a Europa e o Grupo Adecco, não só segue esta prática como alerta para esta questão a nível global.