Mind the GAP

12 Fevereiro, 2020

Os Países procuram adoptar políticas económicas e sociais que permitam exactamente atrair, desenvolver e reter talento. Neste contexto, governos, empresas e demais partes interessadas necessitam de instrumentos quantitativos que lhes sirvam de suporte a uma decisão informada e que lhes possam ajudar na implementação de melhores escolhas estratégicas nomeadamente em termos de educação, emprego e imigração.

Esse é exactamente o propósito do GTCI – Global Talent Competitiveness Index. Endereçando especificamente o tema do talento Global na Era da Inteligência Artificial, a sétima edição do relatório anual GTCI 2020 explora como o desenvolvimento da Inteligência Artificial está a mudar a natureza do trabalho, forçando a uma reavaliação de algumas das suas práticas, estruturas corporativas e verdadeiros ecossistemas de inovação. As máquinas e algoritmos continuam a afetar uma multiplicidade de tarefas e de responsabilidades e quase todas as posições são reinventadas, o talento certo é essencial não apenas para assumir novas responsabilidades e formas de trabalhar mas, também, para capturar o valor desta tecnologia transformadora.

Que empresas, Países ou cidades estão melhor posicionadas para beneficiar da revolução da Inteligência Artificial? Como podemos garantir que será feito um esforço conjunto para assegurar que o aumento de produtividade gerada pela inteligência artificial beneficiará a sociedade como um todo?

Traz-nos o GTCI algumas chamadas de atenção a valorizar, como por exemplo o fato de que a lacuna de competências digitais intensifica a crescente divisão entre nações de altos rendimentos e o resto do mundo e que mais de metade da população do mundo em desenvolvimento não possui competências digitais básicas.

Conclusões interessantes e detalhadas que apenas servem se, com as mesmas, se traçarem planos de ação corretivos.

Carla Rebelo, Diretora Geral da Adecco Portugal

In Jornal Expresso, 1 de Fevereiro de 2020